sexta-feira, 8 de julho de 2011

Os Judeus no Rio Grande do Norte, os filhos potiguares de Abraão!


Muitos brasileiros do nordeste são de origem judia e nem desconfiam disso

por Adriano Costa

 Expulsos de Portugal, muitos judeus se instalaram no nordeste brasileiro no século XVII. Por volta de 1635 chegaram aos portos do nordeste  judeus vindos da Holanda, mas originários da Península Ibérica (sefardins). Atraídos pela prosperidade, os navios fretados por judeus chegavam aos nossos portos quase que mensalmente. Uma vez aqui, muitos prosperaram sobretudo no comércio.   

 Perseguidos pela Igreja Católica acusados de heresias em toda Europa, especialmente na Espanha e em Portugal, os judeus do nordeste brasileiro só tiveram liberdade religiosa durante o domínio holandês (1624 - 1654). Com a expulsão dos holandeses, a repressão voltou. Muitos foram obrigados a se cristianizar novamente ou rumar para, entre os índios janduís, viver no interior do Rio Grande do Norte. Mas na verdade, a presença dos judeus nesta região data da chegada de Pedro Álvares Cabral. De acordo com Gilberto Freyre, de dez portugueses que vieram para cá, oito eram cristãos-novos, eles se espalharam principalmente pela Paraíba e Rio Grande do Norte, fugindo da Inquisição e lutando para preservar a religião e a cultura judaicas em segredo. Muitos mudaram seus sobrenomes a fim de fugir do preconceito, chegando a adotar nomes de árvores, plantas ou lugares em substituição. Como por exemplo: Carvalho, Moreira, Nogueira, Oliveira, Pinheiro, Lopes, Dias, Nunes, Souza, Medeiros, Costa, Rocha e Teixeira. Por aqui ficaram conhecidos como "marranos" - por terem sido convertidos ao catolicismo "na marra".

Venha-Ver/R, cidade guarda nas suas tradições maneiras de agir dos judeus

Há alguns legados marranos presentes até hoje na cultura do nordeste brasileiro, como por exemplo a carne de sol do Rio Grande do Norte que é originária da carne kasher judaica, 

carne de sol nordestina

a tapioca típica foi desenvolvida da matzah judaica, o enterro de corpos em mortalhas, a retirada total do sangue dos animais abatidos; pintar as casas no final de ano, arrumá-las às sextas-feiras; comprar mercadorias à porta de casa e em prestações. 

fonte blog de barcelona rn

Um comentário:

Anônimo disse...

Parabéns por essa importantíssima informação sobre as origens de muitas de nossas famílias.
Gilson Daniel Pinheiro.

A Família Câmara de Caiçara do Rio do Vento.

 Os "Câmara" da região de Caiçara do Rio do Vento, descendem de José Dionísio da Câmara, nascido em Extremoz aproximadamente em 17...