Muitos brasileiros do nordeste são de origem judia e nem desconfiam disso
por Adriano Costa

Perseguidos pela Igreja Católica acusados de heresias em toda Europa, especialmente na Espanha e em Portugal, os judeus do nordeste brasileiro só tiveram liberdade religiosa durante o domínio holandês (1624 - 1654). Com a expulsão dos holandeses, a repressão voltou. Muitos foram obrigados a se cristianizar novamente ou rumar para, entre os índios janduís, viver no interior do Rio Grande do Norte. Mas na verdade, a presença dos judeus nesta região data da chegada de Pedro Álvares Cabral. De acordo com Gilberto Freyre, de dez portugueses que vieram para cá, oito eram cristãos-novos, eles se espalharam principalmente pela Paraíba e Rio Grande do Norte, fugindo da Inquisição e lutando para preservar a religião e a cultura judaicas em segredo. Muitos mudaram seus sobrenomes a fim de fugir do preconceito, chegando a adotar nomes de árvores, plantas ou lugares em substituição. Como por exemplo: Carvalho, Moreira, Nogueira, Oliveira, Pinheiro, Lopes, Dias, Nunes, Souza, Medeiros, Costa, Rocha e Teixeira. Por aqui ficaram conhecidos como "marranos" - por terem sido convertidos ao catolicismo "na marra".
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Venha-Ver/R, cidade guarda nas suas tradições maneiras de agir dos judeus |
Há alguns legados marranos presentes até hoje na cultura do nordeste brasileiro, como por exemplo a carne de sol do Rio Grande do Norte que é originária da carne kasher judaica,
carne de sol nordestina |
Um comentário:
Parabéns por essa importantíssima informação sobre as origens de muitas de nossas famílias.
Gilson Daniel Pinheiro.
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