COORDENADAS Google Map:
Cidade:TOMADA I – Localização da cidade de
Caiçara do Rio do Vento, cortada pela BR-304 (km 220). Lat.: 5.7560
Longit.|: 35.984 (centro) http://www.apolo11.com/satmap2_latlon.php?lat=-5.7560&lon=-35.984&zoom=11
Fazenda :
TOMADA II – ACESSO PELA BR304, KM 213,
à direita, sentido: Natal – Mossoró. O acesso por estrada Estadual de
terra, é de cerca de 3.9 km até a porteira (Coordenadas: 24m 0825456 /
UTM 9366528) da Fazenda São Luiz. Centro da tomada (zoom 15) : Lat.:
5.7503 longit.: 36.061 http://www.apolo11.com/satmap2_latlon.php?lat=-5.7503&lon=-36.061&zoom=15
COORDENADAS INTERNAS: (GPS Garmin Etrex)
Sede: 825057 – UTM: 9368270
Tanque da Ventania (Serra Comprida): 0823431 - UTM: 9368298
Nesta fazenda, desde
o ano de 2007, funciona um Campus Experimental da Faculdade de
Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA/USP), da Universidade de São
Paulo, através do Projeto Portal dos Ventos (Projeto de Desenvolvimento
Sustentado e Humano), realizado pela cooperação entre a comunidade e a
universidade. Aqui, periodicamente, são recebidos estudantes de
graduação em Zootecnia e Engenharia de Alimentos , em ações de
intercâmbio visando desenvolver e melhor alicerçar bases de cidadania
entre os participantes. Recentemente, o Portal logrou atrair agentes
da Comunidade Europeia para implantação de um pequeno projeto de
pesquisa em ENERGIA SOLAR CONCENTRADA DE ALTA TEMPERATURA, HIBRIDIZADA
EM BIOCOMBUSTÍVEL, integrando uma Unidade de Produção de Derivados do
Leite, num laticínio de base comunitária, ambos inéditos no mundo em
suas características inovadoras e de tecnologia social. Duas torres
estão previstas (uma em Caiçara e outra em Pirassununga, nas
dependências da FZEA/USP), com recursos já aprovados originados da DLR-
Agência Aero-Espacial Alemã e pelo BNDES, além de licenciado pelo IDEMA
(órgão ambiental).
O Projeto Portal dos
Ventos já realizou mais de 150 ações em Caiçara do Rio dos Ventos desde
2007, incluindo a regularização da Associação de Desenvolvimento
Comunitário de Caiçara do Rio dos Ventos – ADECARVE (www.adecarve.org)
, agora logrando conseguir que o investimento no Projeto de Energia
Solar, canalize mais de 60% de seus recursos para aprimoramento da
estrutura de pesquisa da FZEA/USP, sem que a Universidade tenha
desembolsado quaisquer recursos para nossa comunidade. Grosso modo,
isso representa mais um exemplo de ação desenvolvimentista que
privilegia os grandes centros e as grandes organizações, em detrimento
da população do semiárido nordestino, por absoluta falta de iniciativa
gestora voltada para o interesse público, de fato.
Entre
muitas atividades permanentes com crianças e jovens, hoje queremos
destacar quatro ocorrências ligadas a cultura, geologia e arqueologia,
registradas através da participação de equipes de nossa Associação,
coordenadas pelo Projeto Portal dos Ventos, como parte das atividades
sócio-recreativas de nossos jovens associados.
1) GRUTA DA SERRA DO BANDEIRA
– Localização de uma CAVERNA ou GRUTA na estrada que dá acesso à
Fazenda Laginha, na Serra do Bandeira, complexo da Serra da Gameleira,
localizada próximo à margem esquerda (subida) da estrada de acesso, que
precisa ser melhor explorada. Vale ressaltar que esse local tem visão
estratégica privilegiada para o baixio frontal, caminho natural do
colonizador português nos séculos XVII e XVIII, configuração das Datas
de Sesmarias, quando as tribos Tapuias foram dizimadas , configurando,
portanto, local de possível reduto de defesa e vigia dos povos
indígenas, contra os invasores que seguiam o curso do Rio do Vento e do
Olho D´água da Gameleira.
2) PEDRAS PONTEAGUDAS
– Recolhimento de UM LOTE de pedras de formatos ponteagudos, agrupadas
em formações de cascalhos do Rio Quimquimproá, que atravessa 4.1 km
dentro da Fazenda São Luiz, na comunidade de Bela Vista, diferenciadas
do formato predominante do local, curiosamente localizadas próximo ao
local (COORDENADAS: 0823901 / UTM 9368186) onde foi recolhida,
recentemente, uma PANELA PÉTREA, que
foi encaminhada através da UFRN para análise. Estas pedras estão
aguardando visita do IPHAN-RN para avaliação geológica ou
arqueológica. Acresce também a ocorrência de muitos cristais com
presença forte de “Cromo” (em região com forte presença de “Berilio”),
assim como pequenas formações similares a esmeralda;
3) SANTA DE PEDRA
– Um terceiro achado diz respeito, a princípio, a uma formação natural
excêntrica em rocha natural, localizada a oeste no final da Fazenda São
Luiz, às margens do mesmo Rio Quimquimproá, próximo à vizinha
propriedade Sr. Gileno, cujos contornos tendem a ser interpretados
com similares ao de uma “santa” ou de uma “indígena”, já visitada pelas crianças do Projeto mas ainda não avaliada por especialistas;
4) CAVERNA SUSPENSA
– Na semana do carnaval de 2012, uma pequena equipe de exploração, com
4 pessoas: João Herton T. Barbosa (Camarão, 18 anos), Gustavo Vitor da
Silva Cunha (14 anos), Jelri Batista Dias (18 anos) e Márcio Carvalho
(66 anos), explorando elevações na fazenda localizaram, próximo às (
COORDENADAS: 0822227 / UTM 9368270) , uma formação rochosa com altura
entre 40 e 60 m, onde se localiza um amontoamento de rochas em processo
de decomposição, formando reentranças similares a cavernas. Melhor
explorando o local, pudemos localizar uma possível caverna, com espaço
interno superior a 12 metros de extensão, com a sua base ocupada por
muitas pedras desprendidas de processos de “descolagens” ou
desmoronamentos, e muito material em terra e pó, em alguns lugares com
mais de 1 metro de profundidade soterrada.
Após determinar a melhor trilha de acesso e fazer o primeiro traçado
de limpeza em três explorações sucessivas, e depois de neutralizar
“vespários” à entrada da “caverna”, começamos a fazer a limpeza de seu
interior no dia 25 de fevereiro de 2012, separando: a) pedras grandes;
b) pedras pequenas e cascalho; c) terra e cascalho miúdo, objetivando
ampliar o espaço interno e manter o material separado, para futuras
avaliações de especialistas. A meta é remover o material, sem tocar
nas estruturas laterais ou superiores, de forma a minimizar riscos de
desmoronamento.
Tudo é muito difícil (hoje e nestes
últimos cinco anos de trabalhos), não apenas pelas dificuldades
operacionais e falta de especialistas, mas sobretudo porque a equipe,
formada predominantemente por adolescentes ativos voluntários,
oriundos de famílias de baixíssima renda, é a mesma que administra a
Sede Social da Associação, dando assistência a mais de 300 crianças
usuárias, sem qualquer manifestação de apoio ou participação do Poder
Público, exceto em manifestações verbais, quando ocorrem, via de regra
por interesses de sobrevivência política. Se não nos atrapalharem
(como, por exemplo, “DATA MÁXIMA VÊNIA”, violentando as famílias de
nossas crianças com ameaças e retaliações de “cortes”
assistencialistas, caso se aproximem das atividades da Associação), já
é uma grande ajuda.
Também às Universidades , através de
seus gestores e departamentos, a que recorremos, acadêmica e
insistentemente, para que caminhassem conosco nestes cinco anos de
efêmera, superficial e embrionária ação prática, e que preferiram
cuidar de seus orçamentos, normas e aptidões de superestruturas, não
conseguindo “tempo” ou jeito, para cuidar do plantio, dia após dia,
nessa terra seca de ações, compromissos e continuidades dependentes de
“resultados” e interesses, fica a nossa prévia compreensão e permanente
esperança de que acompanhem, pelo menos, a velocidade geológica, para
nosso bem comum.
A eventuais grupos de poder, na esfera
política e acadêmica, que tenham preferido desconsiderar esse
monstruoso trabalho de “vivências” que nossas crianças de Caiçara
procuraram usar como plasma humanístico,
nesse quase inverossímel mundo de
tecnologia virtual e exclusão real, e permaneçam deslumbrados com a
comodidade institucional de resultados, “À sombra das
bananeiras/Embaixo dos laranjais…” (Casimiro de Abreu), e não percebam
(dependendo do posicionamento optado na “caverna”), a oportunidade que
lhes escapa, rogamos para que permaneçam, referencialmente, como
“vencedores”, para revigorar a máxima Machadiana, in Quincas Borba:
“Ao vencedor, as batatas…”
Estamos encaminhando o presente relato
para a Sra. Jeanne Nesi, Superintendente do IPHAN/RN e para a
Prefeitura Municipal, de forma a documentar o achado e propiciar
interação, caso seja de seu interesse. A equipe de
exploradores permanecerá ativa, pois esta atividade está inserida num
processo de formação de nossos jovens associados e compõe uma grade de
metodologia aplicada a critérios de organização sócio-cultural,
assentada em objetivos multidisciplinares.
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