O Papa Bento XVI deu uma das declarações
mais polêmicas já feitas por ele sobre o casamento homossexual nesta
segunda-feira, 9. Ele afirmou que a união gay “é uma das várias ameaças
atuais à família tradicional, pondo em xeque o próprio futuro da
humanidade".
"Essa não é uma simples convenção
social", disse o papa, "e sim a célula fundamental de cada sociedade.
Consequentemente, políticas que afetam a família, ameaçam a dignidade
humana e o próprio futuro da humanidade".
A declaração foi feita a diplomatas de
mais de 180 países, durante um tradicional discurso de ano novo. O Papa
afirmou ainda que as crianças precisam de "ambientes" adequados, e "o
lugar de honra cabe à família, baseada no casamento de um homem com uma
mulher".
Bento XVI reafirmou os preceitos da
igreja que condenam os atos homossexuais e que defendem a criação de
filhos somente pelas famílias tradicionais.
"A unidade familiar é fundamental para o
processo educacional e para o desenvolvimento dos indivíduos e Estados;
daí a necessidade de políticas que promovam a família e auxiliem na
coesão social e no diálogo", disse o líder religioso.
Vários países pelo mundo já liberaram o
casamento gay em sua constituição. A Holanda foi o primeiro, em abril de
2001, seguida pela Bélgica em junho de 2003, Espanha e Canadá em julho
de 2005 e a Grã-Bretanha em dezembro desse mesmo ano.
A África do Sul foi o pioneiro africano
em 2006 e na Noruega, não só o casamento foi liberado, como os casais
homossexuais também adquiriram o direito de adotar crianças, desde o
início de 2008.
Recentemente, o casamento homoafetivo
também foi liberado na considerada capital do mundo, Nova York. Em
resposta, o arcebispo da cidade, Timothy Dolan, que será sagrado cardeal
pelo papa em fevereiro, publicou uma carta de repúdio à nova lei.
Dolan criticou o presidente Barack Obama
por sua decisão e alertou que essa política pode "precipitar um
conflito nacional de enormes proporções entre a Igreja e o Estado".
A Igreja Católica Romana, com mais de
1,3 bilhões de seguidores no mundo, considera o comportamento sexual
humano quase sacramental por natureza. Além do homossexualismo, ela
também condena todas as outras formas de sexo não-natural, como
contracepção, pornografia e masturbação.
No regimento da Santa Sé, está explícita
a preocupação da igreja com o crescimento da liberdade sexual na
sociedade: "o número de homens e mulheres que têm tendências
homossexuais arraigadas não é ignorável”, escreve.
No mesmo documento, o homossexualismo é
explicado como “objetivamente um transtorno, constitui para muitos deles
uma provação”, condena ainda qualquer tipo de perseguição violenta aos
gays e afirma que todos os que quiserem “mudar de vida” serão bem-vindos
na igreja.
"Pessoas homossexuais são chamadas à
castidade. Pelas virtudes do auto-controle que ensinam-nas liberdade
interior, muitas vezes com o apoio de amizade desinteressada, pela
oração e graça sacramental, eles podem e devem gradualmente e
resolutamente se aproximar da perfeição cristã”, afirma.
Fonte: Christianpost
Um comentário:
Acredito na ignorância do papa Bento XVI em confronto ao coração humano, ao contrário de Jesus, que via e amava o homem a partir de seu interior.
O homem não é apenas um objeto ou animal que pode ser manipulado para obedecer normas, regras e leis. Ele não foi criado por Deus para isso. Ele esta acima e no centro da criação. O Amor de Deus vai além dos nossos pecados.
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