MAIS UMA DA DESGRAÇADA JUSTIÇA BRASILEIRA
O gerente de banco Fernando Mirabelli,
de 32 anos, que no último fim de semana atropelou três pessoas em São
Paulo, matando duas delas, foi solto por volta das 12h desta
terça-feira (25) do Centro de Detenção Provisória (CDP)
do Belém, na Zona Leste de São Paulo, após pagamento de fiança
estipulada em R$ 50 mil pela Justiça na tarde de segunda (24). Ele
deixou o CDP sob escolta da Polícia Militar. Desse
modo, ele poderá responder em liberdade ao inquérito no qual é
investigado por fuga do local do acidente, embriaguez ao volante,
homicídio doloso simples e tentativa de assassinato. Ele não falou com a imprensa na saída da unidade prisional.
Colegas
de trabalho dos dois ajudantes de jardinagem mortos durante o acidente
foram até a frente do CDP para protestar contra a liberação do
motorista. O motorista da Toyota Hilux atropelou no sábado (22) três ajudantes de jardinagem em São Paulo, causando a morte de dois deles.
Ele foi transferido por volta das 13h40 de segunda da cadeia do 91º
Distrito Policial, no Ceasa, Zona Oeste da capital paulista, para o CDP
do Belém.
Mirabelli foi indiciado pela Polícia Civil pelos crimes pelos quais é investigado. No entender da delegada Luciana Zanella, do 89º Distrito Policial,
no Portal do Morumbi, Zona Sul, onde o caso foi registrado, o
motorista assumiu o risco de matar ao dirigir embriagado e em alta
velocidade. A delegada afirmou que não arbitrou fiança para que o réu
fosse solto e respondesse aos crimes em liberdade porque a pena para
homicídio doloso, numa eventual condenação, ultrapassa seis anos de
reclusão. Nesse caso, só quem pode arbitrar a fiança é a Justiça. Pela
lei, Zanella só poderia estabelecer fiança se o motorista fosse
indiciado por homicídio culposo (sem intenção), onde a pena não
ultrapassa quatro anos.
A
defesa alega que o suspeito é primário, tem bons antecedentes,
residência fixa e emprego. Por esses motivos, foi sugerida a soltura de
Mirabelli mediante pagamento de fiança determinada pela Justiça. Na segunda, a decisão de estipular a fiança foi tomada pela juíza plantonista Cristina Escher, do Departamento de Inquéritos Policiais (Dipo).
Garis fazem protesto após soltura (Foto: Kleber Tomaz/G1)
O atropelamentoO
atropelamento protagonizado por Mirabelli ocorreu na Marginal
Pinheiros, no trecho que dá acesso à Ponte Engenheiro Ary Torres, na
região do Morumbi, Zona Sul. Cerca de 30 funcionários de uma empresa
terceirizada que presta serviços para a Prefeitura de São Paulo
trabalhavam no canteiro central. A defesa do motorista alega que ele foi
fechado por um caminhão e perdeu o controle do Hilux ultrapassou a
grade de proteção e atingiu três trabalhadores. Testemunhas negam que isso tenha ocorrido e afirmam que ele estava a 120km/h numa via onde a velocidade máxima é de 60 km/h.
Sobrevivente chora No acidente, o carro do bancário atropelou Aldenir Abrantes Dantas, de 21 anos, que está internado com fraturas no hospital Santa Marcelina, na Zona Leste. Dantas passou por cirurgia no sábado na perna e na bacia e se recupera no hospital. Ele, que planejava ficar noivo em 2012, passará por mais duas cirurgias, segundo seus parentes. Não há previsão de alta médica. “Ele só chora. Ele fala que os dois amigos dele morreram, mas não confirmamos isso para ele não sofrer mais. O menino está com dores e traumatizado demais, não fala coisa com coisa”, disse a dona de casa Aldenora Siqueira Dantas, mãe de Aldenir. “Graças a Deus ele está vivo e não vai perder a perna. Disse que foi o primeiro a ser atingido pelo carro. Esse motorista é um louco, tem de continuar na cadeia.”
MortosOs colegas de Aldenir que morreram são Alex Damasceno Souza, de 26 anos, e Roberto Pires de Jesus, de 36. Os corpos deles foram sepultados no cemitério do bairro Vila Nova Cachoeirinha no domingo (23). Familiares das vítimas pediram “justiça” e “prisão” para o motorista do Hilux durante o cortejo. Caso seja condenado na Justiça pelos crimes, poderá pegar pena de 6 anos a 20 anos de reclusão.
SuspeitoQuando foi detido no sábado, Mirabelli que não quis falar com a imprensa. Em seu depoimento à Polícia Civil, o bancário disse que bebeu por volta das 21h de sexta-feira (21) e foi para uma casa noturna em Guarulhos, na Grande SP. Já no sábado pela manhã, quando voltava da boate em direção à casa dos pais, no Campo Belo, em São Paulo, foi fechado por um caminhão, perdeu o controle do seu Hilux e atropelou os trabalhadores que faziam manutenção do canteiro central da via.
De acordo com a Polícia Militar, foram encontradas garrafas de bebidas alcoólicas no Hilux: uma de cerveja e outra de pinga. Revoltados com o atropelamento dos ajudantes, seus colegas chegaram a agredir o motorista. Ele precisou ser levado para o Hospital Universitário. Em nota, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, disse estar inconformado com o acidente. A Prefeitura afirmou que dará apoio aos familiares das vítimas.
Sobrevivente chora No acidente, o carro do bancário atropelou Aldenir Abrantes Dantas, de 21 anos, que está internado com fraturas no hospital Santa Marcelina, na Zona Leste. Dantas passou por cirurgia no sábado na perna e na bacia e se recupera no hospital. Ele, que planejava ficar noivo em 2012, passará por mais duas cirurgias, segundo seus parentes. Não há previsão de alta médica. “Ele só chora. Ele fala que os dois amigos dele morreram, mas não confirmamos isso para ele não sofrer mais. O menino está com dores e traumatizado demais, não fala coisa com coisa”, disse a dona de casa Aldenora Siqueira Dantas, mãe de Aldenir. “Graças a Deus ele está vivo e não vai perder a perna. Disse que foi o primeiro a ser atingido pelo carro. Esse motorista é um louco, tem de continuar na cadeia.”
MortosOs colegas de Aldenir que morreram são Alex Damasceno Souza, de 26 anos, e Roberto Pires de Jesus, de 36. Os corpos deles foram sepultados no cemitério do bairro Vila Nova Cachoeirinha no domingo (23). Familiares das vítimas pediram “justiça” e “prisão” para o motorista do Hilux durante o cortejo. Caso seja condenado na Justiça pelos crimes, poderá pegar pena de 6 anos a 20 anos de reclusão.
SuspeitoQuando foi detido no sábado, Mirabelli que não quis falar com a imprensa. Em seu depoimento à Polícia Civil, o bancário disse que bebeu por volta das 21h de sexta-feira (21) e foi para uma casa noturna em Guarulhos, na Grande SP. Já no sábado pela manhã, quando voltava da boate em direção à casa dos pais, no Campo Belo, em São Paulo, foi fechado por um caminhão, perdeu o controle do seu Hilux e atropelou os trabalhadores que faziam manutenção do canteiro central da via.
De acordo com a Polícia Militar, foram encontradas garrafas de bebidas alcoólicas no Hilux: uma de cerveja e outra de pinga. Revoltados com o atropelamento dos ajudantes, seus colegas chegaram a agredir o motorista. Ele precisou ser levado para o Hospital Universitário. Em nota, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, disse estar inconformado com o acidente. A Prefeitura afirmou que dará apoio aos familiares das vítimas.
Fonte: G1
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