quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Protomártires de Cunhaú e Uruaçú: A versão católica da História




O território são-gonçalense foi banhado com muito sangue, quando no dia 03 de outubro de 1645, ocorreu o Massacre de Uruaçu, onde 28 cristãos foram mortos por índios e soldados holandeses.

Jacob Rabbi, alemão a serviço do governo holandês, vivia com os índios Tapuias, em conjunto com Paraopeba, chefe indígena, convertido ao calvinismo, lideraram o massacre. Durante uma celebração, logo após a elevação da hóstia, soldados holandeses trancaram todas as portas da igreja, já esperando estavam os índios potiguares e tapuias que invadiram o local e mataram os colonos presentes a missa. Foram praticados atos com requinte de crueldade. Alguns tiveram o direito a despedida. A sobrevivência dependia da conversão ao Calvinismo, fato rejeitado. Suas línguas foram arrancadas para que não fizessem orações católicas. Braços e pernas foram decepados, crianças partidas ao meio e muitos corpos degolados, foi o cenário do morticínio, porém todos oraram com muita fé até a morte.

O Padre Ambrósio Francisco Ferro, ainda vivo, foi muito torturado. Mateus Moreira teve seu coração arrancado pelas costas, e mesmo com todo o sofrimento ainda pronunciou “Louvado seja o Santíssimo Sacramento”. Ninguém renegou a Deus e nem a Igreja, morreram com fé e fidelidade.

O processo de beatificação deu início em 15 de maio de 1988, quando Dom Alair Vilar iniciou o estudo sobre os mártires de Uruaçu e Cunhaú, designando posteriormente Monsenhor Francisco de Assis Pereira postulador da causa. No dia 05 de Maio de 2000 ocorreu a beatificação oficializada em Roma, pelo Papa João Paulo II.


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