Pertenciam à grande nação tapuia os índios que dominavam
quase toda a Ribeira do Trairi, aglomerando-se nas serras do Ronca, Tapuia e
Doutor, atual município de Santa Cruz. Aí foram encontradas ossadas humanas e
diversos objetos pertencentes aos silvícolas, cujo desaparecimento data por
volta de 1800.
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| Tapuias foram os primeiros habitantes da região |
Acredita-se que ainda no século XVIII se tenha dado a primeira penetração do
elemento civilizado. Entretanto, a colonização só se iniciou em março de 1831,
quando Lourenço da Rocha, seu irmão João da Rocha e um companheiro de nome João
Rodrigues da Silva, percorrendo os sertões, tocaram naquelas paragens as quais
denominaram Malhada do Juazeiro. Pela altura e fronde, sobressaía-se entre os
demais, belo juazeiro que se erguia no local onde hoje se situa a Igreja
Matriz.
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| Santa Cruz hoje. |
Havia abundância de inharé, árvore da qual havia uma lenda de que era
sagrada e que provocava secas, epidemias e outros males, toda vez que seus
galhos eram quebrados.
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| Inharé, arvore tipica da região quando do seu desbravamento. |
Segundo esta mesma lenda, um santo missionário, tomando conhecimento do
fato, dirigiu-se ao local e, cortando galhos de inharé, com eles ergueu uma
cruz. Os malefícios cessaram como por encanto. Das fontes, a água jorrou em
abundância, os animais tornaram-se mansos e humildes, as aves entoaram cânticos.
A localidade foi então chamada Santa Cruz do Inhame. Anos se passaram. O
topônimo Inhame foi trocado por Trairei, nome indígena dado a importante curso
d'água que banha o território. Mais tarde simplesmente Santa Cruz.
Dentre os filhos mais ilustres da cidade podemos citar:
Ibere Ferreia de Souza (ex-governador),
Theodorico Bezerra (ex-político, industrial, comerciante e latifundiário brasileiro) e
Fernando Bezerra (ex senador, engenheiro civil)
Fontes: Aurino Galvão e Wikipedia)
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